Aline Torres, Secretaria Municipal de Cultura de SP, recebe o Prêmio Arcanjo das mãos do idealizador Miguel Arcanjo /Foto:Edson Lopes Jr. |
Por Mera Teixeira
A celebração dos melhores da cultura lotou o Teatro Sérgio Cardoso em grande estilo na última segunda-feira (13), em São Paulo. Oito diferentes categorias, entre elas, artes visuais, cinema, música, streaming TV e teatro, foram condecoradas pelo Prêmio Arcanjo 2023, além da emocionante homenagem a Zé Celso Martinez e seu Teatro Oficina, ao som de “Roda Viva”, cantada à capela por todos com longos aplausos.
Zé Celso em formato de Marionete, pura emoção/Foto: Edson Lopes Jr. |
A categoria Especial reverenciou mais 13 homenageados entre artistas e instituições que se destacaram no ano. A cerimônia foi comandada pelo idealizador e diretor do prêmio, Miguel Arcanjo Prado, jornalista e crítico, com ampla atuação no jornalismo cultural há duas décadas. O evento contou com a direção artística do ator Bruno Narchi, produção executiva de Rodrigo Barros e produção de David Godoi e Solange Correia.
Os apresentadores Leonardo Miggiorin e Divina Núbia / Foto: Edson Lopes Jr. |
Tiago Barbosa recebe o Prêmio Arcanjo/Foto:Edson Lopes Jr. |
Os 22 vencedores do Prêmio Arcanjo 2023
ARTES VISUAIS
Dos Brasis – Arte e Pensamento Negro – Sesc, Sesc São Paulo – Sesc Belenzinho. Pela histórica exposição dedicada a artistas negros brasileiros e cultura afrobrasileira.
CINEMA
Meu Nome É Gal, de Dandara Ferreira e Lô Politi. Por narrar a estrela incontestável do tropicalismo e liberdade em tempos de ditadura.
DANÇA
Último Ato, de Thiago Soares. Pela prestigiosa turnê do bailarino brasileiro consagrado no mundo.
INTERNACIONAL
Centro Cultural Afrika. Por dar voz a artistas africanos que contribuem para uma São Paulo cosmopolita sob direção de Yannick Delass.
MÚSICA
Filipe Catto – Belezas São Coisas Acesas Por Dentro. Pela delicada homenagem a Gal Costa em conexão com as novas gerações.
REDES
Marcos Machado. Por construir com inteligência um humor que reflete o brasileiro negro e periférico.
STREAMING TV
Metrópolis – TV Cultura. Pelos 35 anos do imprescindível e longevo programa cultural da TV brasileira.
TEATRO
Alguma Coisa Podre. Pelo musical impecável e de elenco potente sob direção de Gustavo Barchilon, produção de Renata Borges e Thiago Hofman.
ESPECIAL
Zé Celso e Teatro Oficina. Pela grandeza histórica do maior gênio do teatro brasileiro e sua companhia com 65 anos de trajetória.
ADAAP – Associação dos Artistas Amigos da Praça e SP Escola de Teatro. Pelo livro Teatro de Grupo em Tempos de Ressignificação, org. Alexandre Mate, Elen Londero, Ivam Cabral e Marcio Aquiles.
APAA – Associação dos Artistas Amigos da Arte. Pela inestimável contribuição à cultura com Glaucio Lima, na direção, e Luis Sobral, na presidência do Conselho.
Aline Torres, Secretária Municipal de Cultura de SP. Pela constante descentralização da cultura na metrópole paulistana, com valorização da arte das periferias.
Bruno Motta. Por ser força motriz do humor stand up no Brasil, incentivador de novos talentos e criador da Gongada Drag.
Guta Nascimento. Pela trajetória inspiradora no jornalismo como exímia migrante digital que se destaca na web.3, o que faz dela um bastião para novas gerações.
Ikaro Kadoshi. Pelo destaque como comunicadora, apresentadora do Caravana das Drags e criação do Drag Brunch Brasil.
Letícia Soares. Por fazer história como Elsa negra no musical Frozen e brilhar no musical Iron – O Homem da Máscara de Ferro e em sua carreira solo como cantora de inigualável voz.
Marilia Marton. Pelo estímulo de ações no Estado de São Paulo que promovam o desenvolvimento da economia e indústria criativas (representada por Marcelo Henrique de Assis).
Maíra Baldaia – Obí. Pela potente homenagem às mulheres e ancestralidade negra em um álbum afro pop.
Marllos Silva. Pelas 10 edições do Prêmio Bibi Ferreira e o livro Teatro Musical em São Paulo 2000-2020, que fortalecem as artes cênicas.
Núcleo Iêê – Num Corre, de Rafael Oliveira. Pela potência que une capoeira, dança, música e poesia na construção cênica.
Tellé Cardim. Pela histórica contribuição ao jornalismo cultural desde os tempos dos Festivais da Record nos anos 1960 e dedicação estimulante à qualidade da profissão.
Tiago Barbosa. Pelo retorno triunfal ao Teatro Brasileiro após fazer história internacional nos palcos da Espanha e brilho nas peças Clube da Esquina, Wicked, Iron – O Homem da Máscara de Ferro e The Boys in the Band.
O júri do Prêmio Arcanjo de Cultura foi composto pela jornalista Adriana de Barros, o fotógrafo Bob Sousa, o ex-secretário de Educação e atual presidente do Conselho Estadual de Educação do Estado de São Paulo, Hubert Alquéres, a comunicadora Zirlene Lemos e Miguel Arcanjo Prado.
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