quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Filme mostra a Hebe Camargo que o público não conhecia

Ciúme, censura, alcoolismo e agressão passaram pela vida
                     da rainha da TV, segundo o roteiro

Andrea Beltão - Foto: Divulgação


Por Mera Teixeira

Hebe Camargo já rendeu um musical no teatro (interpretada pela Débora Reis com perfeição), uma exposição, um filme e, há promessa para uma série em breve. Chega à telona nesta quinta-feira (26) o longa “Hebe – A Estrela do Brasil”, protagonizado por Andréa Beltrão.

Além do glamour e bom humor que os fãs conhecem da apresentadora da Band e SBTo filme exibe cenas dramáticas pra lá de emocionantes sobre as brigas de Hebe e o marido Lélio Ravagnani, interpretado pelo ator Marco Ricca. O elenco primoroso traz ainda Danton Mello, Gabriel Braga Nunes, Daniel Boaventura, Stella Miranda, entre outros, sob direção de Maurício Farias. É um filme divertido e comovente!

O longa roteirizado por Carolina Kotscho -- que assina ainda a produção com Claudio Pessutti --  se passa em São Paulo, nos anos 80. O Brasil vive uma de suas piores crises e Hebe aparece na tela exuberante: é a imagem perfeita do poder e do sucesso. Ao completar 40 anos de profissão, perto de chegar aos 60 anos de vida, está madura e já não aceita ser apenas um produto que vende bem na tela da TV. Mais do que isso, já não suporta ser uma mulher submissa ao marido, ao salário, ao governo e aos costumes vigentes.


Durante o período de abertura política do país, na transição da ditadura militar para a democracia, Hebe aceita correr o risco de perder tudo que conquistou na vida e dá um basta: quer o direito de ser ela mesma na frente das câmeras dona de sua voz e única autora de sua própria história.


Entre o brilho da vida pública e a escuridão da dor privada, Hebe enfrenta o preconceito, o machismo, o marido ciumento, os chefes poderosos e a ditadura militar para se tornar a mais autêntica e mais querida celebridade da história da TV: uma personagem extraordinária, com dramas comuns a qualquer um de seus milhões de fãs. O filme chega ao cinema no mesmo mês do falecimento de Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, há sete anos.




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