quinta-feira, 12 de outubro de 2017

“Hebe, o Musical” sobe aos palcos hoje em São Paulo


Debora Reis  Foto: Caio Galucci/Divulgação


Por Mera Teixeira

A dona do sorriso fácil e da memorável frase "que gracinha" chega aos palcos hoje, quinta-feira(12). É noite de estreia de “Hebe, o Musical” para alegria dos milhões de fãs deixados pela Rainha da TV, Hebe Camargo (1928-2012). Da infância simples no interior paulista, em Taubaté, ao estrelato, entram em cena as atrizes Carol Costa (adolescência) e Débora Reis (adulta) com muita garra e perfeição.

A trajetória da apresentadora é retratada num programa de auditório, onde o cenário se inicia em preto e branco, como era a televisão até o início da década de 1970. “São duas horas de deleite”, avisa o diretor Miguel Falabella, que acrescenta: “eu quero encantar a plateia, como a Hebe encantou”.

Falabella fez a adaptação do livro escrito por Artur Xexéo, e conta que, em tudo que ele almejava para a adaptação do musical, surgia com nitidez, como se a própria Hebe estivesse auxiliando. “Eu sentia muito a presença e a alegria da Hebe aqui no Procópio Ferreira, onde me despedi dela”. Ele  lembra que a apresentadora foi ao teatro, em 2011, enquanto ele dirigia Claudia Jimenez em "Mais Respeito que sou Tua Mãe", já que a TV Globo não permitiu a presença dele e da atriz no programa da loira, no SBT.


Hebe e Seus Amores

 Foto: Caio Galucci/Divulgação

Hebe foi uma mulher à frente do seu tempo, amou e paquerou sem medo. Namorou escondido um homem negro, o pugilista norte-americano Joe Louis (interpretado por Renato Caetano), teve um caso com um homem casado, Luis Ramos (Frederico Reuter),proprietário da rádio de mesmo nome, e casou-se com um galã - bem mais jovem - Decio Capuano (Guilherme Magon), com quem teve o único filho, Marcello (Adriano Tunes), e mais tarde viveu seu longo amor com o empresário Lélio Ravagnani (Dino Fernandes), de quem ficou viúva, após 27 anos. “Eu intitularia: Hebe e seus Amores”, analisa Xexéo.

Amigos de Hebe do período do rádio e da TV também ganham espaço no musical, como Nair Bello (Renata Brás), Lolita Rodrigues (Renata Ricci) e Amácio Mazzaropi (Adriano Tunes) – esses dois últimos trabalharam num teatro de zinco com Hebe, de propriedade do Mazzaropi, quem as acolheu numa época difícil. 

A grande fã Leonor (Brenda Nadler), hoje, aos 88 anos, também aparece em “Hebe, o Musical”. Segundo Xexéo, dona Leonor fez 20 álbuns com recortes de jornais e fotos da comunicadora, uma pesquisa primordial para o livro dele.

O elenco que sobe aos palcos do Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, é composto por 21 atores, 9 músicos, orquestra e  30 técnicos, com direção musical de Daniel Rocha e coreografia de Fernanda Chamma, além do maestro Guilherme Terra.


Foto: Marlene Assis

Serviço:
Hebe, o Musical
Teatro Procópio Ferreira
Rua Augusta, 2.823- Jardins, São Paulo (SP)
Informações: 11 3083-4475
Vendas de grupo: 1130647500
Quinta e sexta: às 21h, sábado: às 17 e 21h, domingo: às 18h.

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