quarta-feira, 30 de abril de 2025

Fafy Siqueira e Fernando Vieira viram palhaços

A comédia musical "O Palhaço Tá Sem Graça"  tem Murmúrio e Risadinha que garantem diversão para toda a família 

Fernando e Fafy/Divulgação

Por Mera Teixeira @mera.teixeira


A mágica dos sonhos com O Palhaço Tá Sem Graça. Com texto de Daniel Torrieri Baldi, direção de Hudson Glauber e letras, músicas e direção musical de Thiago Gimenes, espetáculo acompanha os palhaços Murmúrio e Risadinha, que embarcam em uma jornada interna em busca da própria essência.

Até que ponto nos deixamos ser moldados pelos nossos erros e pelas expectativas e opiniões dos outros? A comédia musical O Palhaço Tá Sem Graça, com texto de Daniel Torrieri Baldi e direção de Hudson Glauber, discute essa questão ao acompanhar a jornada de autoconhecimento de dois palhaços.

O espetáculo, que ainda tem direção musical, letras e músicas originais de Thiago Gimenes, tem sua temporada de estreia no Teatro Nair Bello, no 3º andar do Shopping Frei Caneca, de 2 de maio a 6 de julho, com sessões às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.

Quem dá vida aos dois protagonistas são Fafy Siqueira (Risadinha) e Fernando Vieira (Murmúrio). E no elenco ainda estão Danilo Moura, Marilice Cosenza, Marcos Lanza, Camila Coutinho, Lucas Rodrigues e Tete Prezoto. E o coro também traz Clarah Passos, Gabriella Piacentini, Giovanne Lima, Isabella Votta, Lucas Corrêa, Marjorie Veras, Pedro Lourenço e Rique Vieira.

Com muita poesia e música, a peça conta a história dos amigos palhaços: a Risadinha, que encara a vida com óculos de sol mesmo nos dias mais nublados e é capaz de tirar gargalhadas de todos; e o Murmúrio, que acha que nasceu para o drama, mas é uma comédia e não consegue ter a percepção disso.

Murmúrio carrega uma questão que nunca superou: desde pequeno, sonhou em ser cantor. Mas lá nos anos 80, tentou entrar para um famoso grupo musical infantil e não foi apenas recusado, mas humilhado. Desde então, aprendeu a rir de si mesmo antes que os outros pudessem rir dele.

Entre frustrações e risadas, os dois amigos se veem diante de algo inesperado: um balão que os transporta para um lugar onde medos, sonhos e segredos se misturam em um espetáculo imprevisível.

É um verdadeiro rito de passagem, no qual Murmúrio vai encarar de frente seu sonho de cantar. E a Risadinha está ali pra dar aquele empurrãozinho. No palco do Circo das Maravilhas, os dois vão ter que enfrentar medos, emoções, sonhos e, quem sabe, umas perucas coloridas flutuando pelo ar.

E, no final das contas, eles descobrem que a maior mágica de todos é aceitar quem são e transformar cada tropeço, cada desafio e cada gargalhada em uma chance de brilhar como nunca.

O autor Daniel Torrieri Baldi conta que, no musical, o circo é usado como uma metáfora para algo maior. "Quantas vezes fomos chamados de fracos, desajeitados, insuficientes? E quantas dessas palavras acabaram nos moldando, nos afastando coisas que realmente somos? Murmúrio sabe bem como é carregar um nome que não escolheu e até o silenciado, e ele vai aprender a transformar suas frustrações em novas formas de brilhar", revela.

O diretor artístico Hudson Glauber acrescenta que "O Palhaço Tá Sem Graça é uma peça para toda a família, porque as dores e alegrias que ela traz não têm idade. Crianças, jovens, adultos e avós encontram fragmentos de si mesmos, de suas memórias e de seus silêncios".

Para contar essa história, o espetáculo mistura letras e músicas inéditas e clássicos nostálgicos dos anos 80. “Construímos este musical com uma linguagem intimista, que valoriza o talento dos atores, sua entrega emocional e a potência de suas vozes”, afirma Glauber. “O musical vai emocionar, arrancar gargalhadas e fazer o público sair cantando: 'É tão lindo, não precisa mudar... é tão lindo, deixa assim como está…'”, deseja Baldi.


Serviço: 

Teatro Nair Bello, 3º andar do Shopping Frei Caneca

Data: 2 de maio a 6 de julho

Dias: Sessões às sextas e aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 18h.


terça-feira, 29 de abril de 2025

Mara Carvalho encarna esposa de Salvador Dalí

A atriz e dramaturga Mara Carvalho dá vida a Gala Dalí, parceira do pintor espanhol 

        

Mara Carvalho/Foto: Rachel Pontes/Divulgação


Por Mera Teixeira @mera.teixeira


No enredo, sob direção de Ulysses Cruz, Gala Dalí (Mara Carvalho) rememora, de forma bem-humorada e não cronológica, momentos marcantes de sua vida, desde a infância até os últimos dias. A juventude na Rússia, seu primeiro casamento, com o escritor Paul Éluard, a inadequação à maternidade, o primeiro encontro com Salvador Dalí, a luta para se importar num universo dominado pelos homens, a exclusão por parte das famílias de seus maridos e o constante julgamento social são relatados. 


Enquanto revive suas lembranças, Gala reflete sobre a paixão, a arte, a gastronomia, dinheiro e poder, vida e morte. A peça estreia dia 22 de maio no Mi Teatro, em São Paulo, com ensaios abertos nos dias 13, 14, 15 e 20/05.


Considerada musa do movimento surrealista, a russa Gala Dalí foi uma mulher à frente do seu tempo. Com menos de 20 anos, deixou para trás a família e partiu para a Europa em busca da realização pessoal e profissional. 


Ela desbravou seu espaço no ambiente masculino da intelectualidade francesa e dos artistas, casou-se com dois deles e elegeu para seu companheiro de vida o então jovem e emergente pintor Salvador Dalí, por ela revelada ao mundo como o gênio surrealista que todos conhecemos.


Mara Carvalho, que assina o texto, fala do seu encontro com a personagem. “Tudo começou através do restaurante espanhol que tenho (El Mercado Iberico) na Pamplona, em São Paulo. Eu queria fazer uma conexão entre Brasil e Espanha, mas numa vida artística, e nada melhor do que Salvador Dalí. Ao estudar Dalí, conheci Gala. Sabia da sua existência, mas não da sua importância - não só na vida do Dalí, mas de muitos artistas que ela revelou", conta Mara. 


A Montagem 

O cenário de Ulysses Cruz é um espaço todo branco com uma parte azulejada, que remete a uma cozinha, ou um sanatório, ou ainda um espaço da memória. Nele há projeções surrealistas concebidas por Emerson Brandt. Para os figurinos, Ulysses Cruz e Mara Carvalho utilizam peças originais de Yves Saint Laurent, Carolina Herrera, Chanel, entre outros. A iluminação é de Cesar Pivetti e a trilha sonora de Dan Maia.


“Esta peça irá mostrar um pouco de seu pensamento ágil, sua vida surreal, sua excêntrica relação com o grande mestre surrealista, seu gosto por moda - vestia Chanel, sua grife predileta, em casa. Viveram uma vida de luxo, de esquisitos e excessos. Gastaram muuuuito dinheiro… Salvador a presenteou com o castelo de PÚBOL, na Catalunha, onde recebeua os amigos para seus jantares surrealistas – dizem que ela cozinhava muito bem -, ocasião em que contava suas histórias eletrizantes. Neste mesmo castelo veio a falecer aos 87 anos, meio delirante.”, conta Ulysses Cruz.


Serviço

Gala Dalì - estreia dia 22 de maio

Mi Teatro – Rua Pamplona, 310 – Bela Vista /SP (estacionamento ao lado)

HORÁRIOS: 3ª, 4ª e 5ª às 20h / CAPACIDADE: 59 lugares / DURAÇÃO: 65 min / GÊNERO: tragicômico / CLASSIFICAÇÃO: 12 anos / ACESSIBILIDADE: para um cadeirante / TEMPORADA: até 31 de julho


INGRESSOS: na bilheteria 1h antes do espetáculo ou em https://www.sympla.com.br/eventos?s=gala%20Dalí

. dias 13, 14, 15 e 20: prévios com ingresso único no valor da meia, R$ 80  

. dia 21 sessão fechada para convidados

. a partir do dia 22: R$ 160,00 e R$ 80 (meia)